quinta-feira, janeiro 06, 2011

A Escola para os Superdotados – Por favor, me tira daqui!

Uma parte dos indivíduos que possuem as características para superdotação são indicados pelos professores por isso, um importante papel da escola. Apesar de ter esse importante papel a escola pode ser também um ambiente de transtorno para o indivíduo que possui o perfil para superdotação.
Quando o professor é bem formado ele mesmo consegue identificar e encaminhar a criança ou o adolescente para o atendimento especializado do contrário o aluno vai sofrer com apelidos, suspensões e antipatias por parte dos colegas e pelo próprio professor.
Esses alunos agem diferentes dos demais colegas da escola, são extremamente investigativos, costumam encher o professor de perguntas e sempre querendo respostas. Essas atitudes deixam o professor assustado com o aluno que o indaga e ele não consegue responder, pois o aluno diz: “Isso eu já sei!”. O professor então pensa em ensinar um assunto novo e o aluno diz que já sabe. O professor acaba se sentindo ofendido e ameaçado pensando que o aluno que tomar o seu lugar.
Em outros casos, o aluno por já saber de tudo e aquilo ali ser um tédio para ele, ele é taxado como o típico bagunceiro que não para quieto, que conversa com o colega o tempo todo. Existem casos de o professor indicar a criança para o atendimento especializado após defini-lo como hiperativo, por ser uma criança que na hora da explicação fica andando pela sala, pede toda hora para ir ao banheiro, fica desenhando no caderno, foge da sala, chora para não ir à escola, fica olhando para pontos no espaço. E é nessa hora que os profissionais do atendimento especializado acolhem a criança e faz todo um trabalho com ela para verificar se ela é mesmo hiperativa ou apresenta características de superdotação.
Na escola o indivíduo que possui o perfil de superdotação, por ter interesses diferentes e comportamento atípico dos demais, pode sofrer com apelidos como NERD, dado pelos colegas. Geralmente esses garotos não gostam de brincar e acham prazer maior em ler livros ou revistas, enquanto o colega normal fala sobre o futebol ou a novela ele quer falar sobre o novo planeta que descobriram ou a nova vacina que criaram.
Em relação ao ensino desses garotos brilhantes na escola regular, o tratamento é o mesmo dos demais colegas e a atenção diferenciada é realizada no atendimento especializado. As provas, os testes, as disciplinas são as mesmas para a turma inteira. Pode ocorrer de o professor tratar diferente indivíduo que possui o perfil de superdotação dando mais atenção a ele e sendo mais exigente com o resto da turma. Mas isso é raro acontecer e nem deveria sobrevir.
Por possuírem uma inteligência acima da média a grande maioria desses alunos passa pelo avanço de série por não haver a mínima necessidade de acompanhar o conteúdo curricular da mesma forma comum dos outros colegas normais simplesmente porque já sabem todo o conteúdo sendo totalmente possível o avanço até de 4 séries a frente.
Porém, convém lembrar que o avanço de séries deve ser bem avaliado, sua necessidade deve ser comprovada por meio de indicação onde uma equipe multiprofissional, onde a mesma leva em conta a relação entre a alta potencialidade do aluno e seus aspectos socioemocional e psicomotor, pois nem sempre o avanço do fator intelectual é acompanhado pelo desenvolvimento dos fatores físicos, emocionais e sociais.
“Na aceleração de alunos superdotados, recomenda-se que a diferença máxima de idade entre o aluno superdotado e seus colegas seja de dois anos. Casos excepcionais podem ser analisados junto aos Conselhos Federal e Estaduais de Educação, quando houver necessidade” (BRASIL, 1999, v. 2, p. 64).

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